Todos nós devemos ser, por
vezes, um pouco Dom Quixotes. Devemos manter a sobriedade num mundo de loucos,
ou ser um pouco loucos num mundo tão são. Ser Dom Quixote significa não ser um
louco desvairado, sair por aí imaginando ver dragões em moinhos de vento,
travando lutas imaginárias com exércitos que não mais existem, mas sim ser um
apaixonado, se acreditar em valores, em algo que muitos muitas vezes dizem não
mais existir. Significa ser o que ninguém mais é, acreditar naquilo em que
ninguém mais acredita.
Hoje,
no mundo sóbrio (e louco) em que vivemos, todos nos dizem o tempo todo como
devemos agir, o que devemos pensar, o que devemos ser e o que devemos fazer, mas
nunca, ninguém, nos pergunta o que achamos disso tudo, e quando resolvemos fazer
algo que nos agrada, simplesmente pelo fato de nos agradar, mesmo que
todos nos dizem que isso é “errado”, logo surge alguém para nos repreender, para
nos chamar de “louco”.
Não.
Loucos não somos nós quando resolvemos viver, quando resolvemos nos ver livres,
nem que seja por cinco minutos, desse mundo cão. Louco, sim, é esse mundo
em que vivemos, que não nos permite, nunca, viver nossas próprias vidas; vidas
estas tão curtas que não devem ser desperdiçadas com ninharias, com coisas tão
pequenas como rotinas, regras e leis. Não estimulo uma “anarquia”, uma quebra
total das regras, uma insubmissão às leis, às regras que regem a sociedade, mas
sim uma permissão a se ser o que se é, a se rir do que se quer rir, a se
aproveitar aquilo que tem de quer aproveitado: A Vida!
Se ser
Dom Quixote significa ser chamado de louco, mas resguarda a alegria de se poder
rir da vida, quando todos não percebem toda a graça e beleza que ela tem.
Permita-se. Seja um pouco Dom Quixote hoje, nem que seja por cinco
minutos.
Seja o que você quer ser, ria do que quiser rir, viva como quer viver.
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