segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Os Mares de nossas Vidas



Na Terra Santa há dois lagos alimentados pela mesma fonte: o Rio Jordão. Ficam situados a alguns quilómetros de distância um do outro, mas ambos possuem características bem distintas entre si.
Um é o Lago de Genesaré, também conhecido como Mar da Galileia ou Lago de Tiberíades. O outro é o chamado "Mar Morto".
O primeiro é azul, cheio de vida e de contrastes, de calma e de ondas. Nas suas margens reflectem-se as flores amarelas dos seus prados.
O Mar Morto é uma lagoa densa e de água salgada, em que não há vida. A água que vem do rio, ali fica estagnada.
O que é que faz destes dois lagos, alimentados pelo mesmo rio, lagos tão diferentes? Simplesmente isto: o Lago de Genesaré transmite generosamente o que recebe. A sua água, quando ali chega, parte de imediato para remediar a seca dos campos. É uma água altruísta. A água do Mar Morto estagna-se. Adormece, é salgada, pesada, mata. É uma água egoísta, estagnada, inútil.
Com as pessoas passa-se o mesmo: recebem a vida da mesma fonte, mas as que vivem com generosidade, dando-se e oferecendo-se aos outros, geram vida e fazem viver. Pelo contrário, as pessoas que, com egoísmo, recebem, guardam e não dão, são como água estagnada, que morre e causa a morte à sua volta.
Muitas pessoas parecem-se com o Mar Morto: só recebem, acumulam, não dão, e assim constroem uma vida amarga e infeliz. São extremamente salgadas, intragáveis.
Há outras, porém, que dão e se oferecem a si mesmas com generosidade e sem nada esperar como recompensa... Estas são as pessoas mais felizes do mundo. Quanto menos partilhamos mais pobres nos tornamos. Quanto mais nós damos, mais recebemos.
O que acumula apenas para si, chama desesperadamente pela infelicidade e esta vem ter com ele. Recebe de graça e não reparte, acumula só para si e apodrece.

Pode até perder agora, na vida presente, mas colherá na eternidade...
O que partilha, abre a porta à felicidade...

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